segunda-feira, 22 de abril de 2019

Mini Resenha: A Família Bélier (La Famille Bélier)


 
Faz tempo que não tem resenhas de filmes no blog, né? Que tal um do cinema francês, que nos últimos tempos anda encantando os brasileiros? Um que particularmente me encantou foi "A Família Bélier". 
 
É a história de Paula, uma jovem de 16 anos e sua família - que vivem em um sítio no interior da França, fabricam queijo e depois vendem em uma feira. A moça leva uma vida típica de adolescente, exceto por uma coisa: ela serve de intérprete da linguagem de sinais para os seus pais e irmão, que são surdos- mudos. Ela é a única que fala e ouve na casa.

Por ser a única ouvinte, Paula fica responsável por cuidar de muitas coisas em sua casa e no trabalho de sua família. Não é fácil para ela cuidar de tudo, ainda mais depois que descobre que possui um talento escondido: cantar, ainda mais quando surge a oportunidade de ir estudar música em Paris, longe dos pais. 
 
No primeiro ato do filme, o roteiro de Stanislas Carré sustenta a trama e injeta a dose necessária de bom humor para tornar tudo muito agradável. Na sequência, houve algumas partes do filme que eu achei um pouco confusas, como a candidatura à prefeito do pai de Paula, Rodolphe Bélier (François Damiens) e o romance dela com um colega de escola.

Mas o tema central, que te prende à história de "A Família Bélier" é o chamado ''rompimento do cordão umbilical'' entre pais e filhos. Quando Paula resolve ir atrás de seu sonho de cantar, os pais ficam reticentes e chegam à brigar, pois, na visão da jovem, eles iriam perder seu "elo de comunicação" com o mundo. Mas, ao verem a felicidade dela ao estar no palco, os pais mudam de opinião e passam a apoiá-la, mesmo sem poderem ouvir sua voz.



Esse é um filme que faz a gente aprender muito sobre a inclusão, além de ser muito lindo. É quase impossível não se emocionar, a ponto de rolar uma lagrimazinha (e quem diz isso é uma pessoa que não costuma chorar em filmes, por mais emocionante que sejam). Parabéns à todos que fizeram esse filme, vale muito à pena assistir.

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